Aço e arte: quando a arquitetura encontra o movimento
“Foi quando fui comissionada para desenhar uma espécie de garagem-lounge. Meu cliente era um jovem empresário, audacioso, amante de arte e design. De motocicletas e de velocidade”; conta a arquiteta.
Para ele, Fernanda projetou um espaço de uso múltiplo. Um ambiente onde ele pudesse relaxar e receber os amigos em seus momentos de lazer.
Como exigências expressas do proprietário, o espaço deveria contar com máxima transparência para proporcionar integração com a exuberante vegetação tropical do local — daí a opção pela construção de uma caixa de vidro —, contar com peças assinadas de design, obras de arte contemporânea e, fundamentalmente, móveis práticos e versáteis.
Surgiu assim a ideia de construir um banco, ou melhor, um sistema de assentos em aço inoxidável. Como ponto de partida, as reflexões da arquiteta sobre a arte cinética. Como resultado final, um móvel de forte presença espacial, que tem na sua versatilidade um de seus pontos fortes e que incorpora, definitivamente, a ideia de movimento a seu desenho.
“Assim como a arte cinética rompeu com a condição estática da pintura, meu banco se propõe a abandonar a condição fixa dos móveis”, explica Fernanda, que projetou uma peça capaz de se desmembrar em várias outros e, graças a seu material construtivo, pode ser usada tanto fora quanto dentro do lounge, abolindo fronteiras entre interior e exterior.