Projeto de interiores no elegante apartamento em São Paulo

Em essência, o projeto de interiores desse elegante apartamento, situado em um condomínio residencial localizado na cidade de São Paulo, que leva a assinatura da arquiteta Fernanda Marques, assenta-se em três pilares: materiais naturais, arte e sustentabilidade. Trata-se de um projeto sensorial e cenográfico, inspirado por um sentido apurado do viver contemporâneo.  

Repleto de charme, a sensação geral para quem o conhece é de calor e intimidade. Graças às suas paredes revestidas de madeira e suas grandes aberturas, que dotam toda sua área social, e íntima, de luminosidade intensa. Mas, também ao olhar apurado de Fernanda, responsável pela curadoria de arte do projeto — que conta com obras de Abraham Palatnik, Julio Le Parc, José Patricio e Fernando Velasquez , bem como móveis autorais de designers do Brasil e do exterior.

Sustentabilidade ambiental como prioridade

Para além da abordagem minimalista que tem caracterizado sua trajetória profissional, Fernanda vê na abordagem criteriosa do projeto, em termos do uso e aplicação de materiais, móveis e revestimentos como uma necessidade atual e premente. “Nunca foi tão salutar investir em iluminação natural, ventilação cruzada, alta reflexão das paredes. Procedimentos que enfatizei neste trabalho. Assim como optar por móveis e revestimentos duráveis, capazes de dispensar manutenções constantes e até, de atravessar décadas. Tudo isso, somado, ajuda a diminuir o impacto ambiental “a “pontua. 

Valorização dos materiais ancestrais

Assim, a profissional prioriza nos interiores materiais ancestrais, como o vidro, a madeira e, sobretudo, as rochas. Matérias-primas que em estado próximo ao natural se fazem presentes nos móveis e acessórios. “A pedido dos meus clientes, dei prioridade ao desenho das áreas sociais, afirma Fernanda, que equipou todo o núcleo adjacente à área social – entre eles, a sala de jantar, a área gourmet, o home teather / sala de jogos e a academia – com grandes painéis deslizantes de madeira. 

Versatilidade e unidade espacial

Reforçando toda essa unidade, o piso se mantém o mesmo em toda a planta, desde a saída do elevador até a extremidade de cada ambiente. A existência dos painéis, por sua vez, garante uma versatilidade ainda maior de uso. À medida que as portas de correr se fecham, a grande sala se torna um espaço privado. Ou, caso elas sejam abertas, ela pode funcionar em conjunto com os demais. Aumentando assim a integração e, consequentemente, a eficiência luminosa do projeto.

Harmonia cromática e expressão artística na decoração

Por fim, tonalidades rebaixadas, ao lado de toda a expressividade das obras de arte, colorem sutilmente os ambientes, eliminando qualquer sinal de monotonia. “Também a marcenaria caminha casada a esse conceito de equilíbrio cromático. Sem sobrecarregar demais. Mas como um elemento complementar ao esquema de cores e texturas”, conclui a arquiteta.